Se a cadelinha Baleia recebesse uma carta, o endereço para a correspondência seria o do canil municipal de Florianópolis. Mas isso até 15 dias atrás. Depois de mais de dois anos morando no abrigo, a vira-lata ganhou um novo lar, a casa da governanta Maria Aparecida de Almeida, de 38 anos.
Aparecida é uma apaixonada por cães e passou dois meses procurando outro animal depois que a cadela que criava desapareceu. Um dia, viu um anúncio no jornal e lá estava a foto de Baleia. “Quando eu e minha filha vimos a foto, foi amor à primeira vista. Não quisemos nenhum outro cãozinho. Ela era linda e perfeita”, conta. A governanta diz ainda que a cadela parece que já veio treinada: “É obediente, esperta e nunca faz bagunça na casa”, garante. A nova dona conheceu Baleia a partir de uma iniciativa da Coordenadoria de Bem-Estar Animal do município.
Há quatro semanas, o órgão criou um projeto chamado ‘cão-terapia’ para tentar atrair a atenção dos moradores da cidade para os cerca de 50 animais que vivem no canil municipal. A idéia foi da arquiteta Ana Lúcia Martendal, que é voluntária da coordenadoria responsável por recolher cães atropelados, vítimas de maus-tratos e filhotes abandonados. “O abrigo para esses animais é temporário, até que eles se recuperem, mas como não há divulgação para adoção, muitos ficam no lugar por longos períodos”, afirma a arquiteta.
Pelo projeto, moradores da cidade podem retirar os animais do canil e levá-los para passeios em uma área verde de Florianópolis. “Os cães estão preparados para o passeio: estão limpos, alimentados e castrados”, diz Ana Lúcia.
Aparecida é uma apaixonada por cães e passou dois meses procurando outro animal depois que a cadela que criava desapareceu. Um dia, viu um anúncio no jornal e lá estava a foto de Baleia. “Quando eu e minha filha vimos a foto, foi amor à primeira vista. Não quisemos nenhum outro cãozinho. Ela era linda e perfeita”, conta. A governanta diz ainda que a cadela parece que já veio treinada: “É obediente, esperta e nunca faz bagunça na casa”, garante. A nova dona conheceu Baleia a partir de uma iniciativa da Coordenadoria de Bem-Estar Animal do município.
Há quatro semanas, o órgão criou um projeto chamado ‘cão-terapia’ para tentar atrair a atenção dos moradores da cidade para os cerca de 50 animais que vivem no canil municipal. A idéia foi da arquiteta Ana Lúcia Martendal, que é voluntária da coordenadoria responsável por recolher cães atropelados, vítimas de maus-tratos e filhotes abandonados. “O abrigo para esses animais é temporário, até que eles se recuperem, mas como não há divulgação para adoção, muitos ficam no lugar por longos períodos”, afirma a arquiteta.
Pelo projeto, moradores da cidade podem retirar os animais do canil e levá-los para passeios em uma área verde de Florianópolis. “Os cães estão preparados para o passeio: estão limpos, alimentados e castrados”, diz Ana Lúcia.
A seleção é rigorosa: os interessados em passar as horas de folga com os animais passam por entrevista antes de levar o animal. Há duas modalidades de adesão ao projeto: o voluntário pode levar o cão para passear em períodos específicos (sábados, das 10h às 12h ou das 15h às 18h) ou ‘adotar’ o animal por todo o fim de semana, levando o bicho para casa e entregando-o na segunda-feira pela manhã.
Novos lares
Já no primeiro dia, a idéia foi um sucesso: mais de 30 pessoas apareceram, interessadas em ganhar a companhia temporária dos cães, média que tem se mantido.
“Geralmente são pessoas entre 20 e 30 anos que trabalham muito ou que moram em apartamentos e não podem dar tanta atenção aos animais no dia-a-dia”, diz Ana Lúcia. Muitos casais aderiram ao serviço, especialmente recém-casados. Quatro animais já foram adotados desde que o projeto começou. O projeto chamou tanto a atenção das pessoas que a coordenadoria já estuda parcerias. Uma pedagoga que trabalha com adolescentes infratores procurou o órgão para usar os cães na recuperação deles.
A Polícia Rodoviária Estadual de Santa Catarina também está interessada em usar os animais em um projeto social da instituição que atende asilos, hospitais e escolas. Os efeitos são percebidos dentro e fora do canil. Muitos animais, que antes estavam ‘deprimidos’ e chegavam até a desenvolver doenças ocasionadas pelo isolamento, já demonstram mais vitalidade, segundo os técnicos da coordenadoria. “No canil, eles têm água, comida e ‘roupa lavada’. O que eles precisavam é de carinho”, diz Ana Lúcia.
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