Coloquei a caminha dele na porta do nosso quarto com uma cobertinha, deitei ele lá e fomos dormir. A noite em si foi tranquila, alguns choros, outros “vai deitar na sua cama”, mas nada fora do normal, pelo contrário, pois depois que ele dormiu só foi acordar às nove horas da manhã e isso me deixou extremamente feliz!
Levei ele no veterinário logo cedo e como não conhecia nenhum médico dessa área fui em um perto de casa mesmo.
O Dr. o examinou e disse que pra começar a conversa, ele não tinha apenas 30 dias de idade nem brincando, que a arcada dentária dele já se mostrava quase completa levando a acreditar que a idade dele era de no mínimo três meses. Disse que ele estava com foliculite, que é um problema dermatológico, e com otite nos ouvidos, mas que estes eram problemas simples, receitando um xampu para o problema de pele e um remédio para os ouvidos.
Eu expliquei pra ele a dúvida que estávamos em relação ao modo de ele andar e os olhinhos que pareciam ser um maior que o outro. Depois de colocá-lo no chão pra andar o Dr. logo viu que realmente havia um problemas nas patinhas dianteiras.
Chama-se Displasia de Cotovelo, é um problema comum nessa raça de cães, mas que poderia ser de causa genética, nos levando a crer que o canil possa ter realizado o cruzamento de cães da mesma família, mãe com filho, ou entre irmãos. Ele disse que era bem sério e só poderia ser corrigido com cirurgia.
Aqui na cidade não tinha nenhum veterinário capacitado de confiança pra fazer esse tipo cirurgia, então ele recomendou que o primeiro passo seria fazer um exame de Raio-X pra ver a real situação dos cotovelos, e com o exame em mãos ele iria mostrar pra um colega de trabalho dele que fazia essa cirurgia em São Paulo. O único problema era que a cirurgia ia ficar além das nossas possibilidades financeiras, e ainda sem confirmação de que fossem ficar perfeitas as patinhas dele.
Em relação aos olhos, o médico disse que era normal e que a raça tende a ter olhos arregalados e estrábicos mesmo.
Saí do consultório arrasada, olhando para aqueles olhinhos lindos que pareciam entender meus sentimentos, e pensava no que iríamos fazer com todos aqueles problemas. Mal sabia como ia contar tudo aquilo para o meu marido.
Chorei no carro, tentando achar uma justificativa que levasse uma pessoa fazer mal a um animal indefeso que nada fez de mal pra merecer tudo aquilo. Não conseguia entender como o dinheiro valia mais do que uma vida, em como alguém conseguia pensar apenas no lucro e não no bem estar do animal.
Lembrei que eu perguntei diversas vezes pra moça que me vendeu ele do porque ela estar vendendo ele mais barato, e a resposta que sempre tive foi de que o único problema era de ele já ter pouco mais de trinta dias, que já não era tão fácil vendê-lo, mas que se isso não acontecesse, que ela iria ficar com ele sem problemas.
Fiquei com ódio, e confesso que pensei em devolvê-lo, apenas por um minuto, e foi pelo sentimento de raiva que estava daquela pessoa.
Quando cheguei em casa o Vaguinho estava acabando de acordar, ele logo foi pegando nosso filhote no colo pra brincar, já estava apaixonado por ele também. Aquela cena me deu um nó na garganta, impossível de explicar em palavras.
Minha cabeça estava em parafusos, com mil questões: como começar a contar algo tão ruim? O que será que ele vai dizer? Qual será a melhor decisão a se tomar? Será que tive alguma culpa nisso tudo?
Com calma, mas com uma tremenda tristeza no olhar comecei a contar pra ele tudo que o veterinário havia dito. Percebi que sua feição foi mudando conforme eu ia falando, a cabeça dele foi ficando baixa e seus olhos começaram a mudar. Ele fazia carinho no nosso filhote e me escutava com atenção.
Terminada minha explicação, a única coisa que ele conseguiu me falar foi:
- E agora Kel, o que é que a gente vai fazer?
A única coisa que eu consegui responder:
- Não sei.
Não era surpresa, mas foi só o que consegui pensar naquele momento, que se estendeu por um silêncio.
Levei ele no veterinário logo cedo e como não conhecia nenhum médico dessa área fui em um perto de casa mesmo.
O Dr. o examinou e disse que pra começar a conversa, ele não tinha apenas 30 dias de idade nem brincando, que a arcada dentária dele já se mostrava quase completa levando a acreditar que a idade dele era de no mínimo três meses. Disse que ele estava com foliculite, que é um problema dermatológico, e com otite nos ouvidos, mas que estes eram problemas simples, receitando um xampu para o problema de pele e um remédio para os ouvidos.
Eu expliquei pra ele a dúvida que estávamos em relação ao modo de ele andar e os olhinhos que pareciam ser um maior que o outro. Depois de colocá-lo no chão pra andar o Dr. logo viu que realmente havia um problemas nas patinhas dianteiras.
Chama-se Displasia de Cotovelo, é um problema comum nessa raça de cães, mas que poderia ser de causa genética, nos levando a crer que o canil possa ter realizado o cruzamento de cães da mesma família, mãe com filho, ou entre irmãos. Ele disse que era bem sério e só poderia ser corrigido com cirurgia.
Aqui na cidade não tinha nenhum veterinário capacitado de confiança pra fazer esse tipo cirurgia, então ele recomendou que o primeiro passo seria fazer um exame de Raio-X pra ver a real situação dos cotovelos, e com o exame em mãos ele iria mostrar pra um colega de trabalho dele que fazia essa cirurgia em São Paulo. O único problema era que a cirurgia ia ficar além das nossas possibilidades financeiras, e ainda sem confirmação de que fossem ficar perfeitas as patinhas dele.
Em relação aos olhos, o médico disse que era normal e que a raça tende a ter olhos arregalados e estrábicos mesmo.
Saí do consultório arrasada, olhando para aqueles olhinhos lindos que pareciam entender meus sentimentos, e pensava no que iríamos fazer com todos aqueles problemas. Mal sabia como ia contar tudo aquilo para o meu marido.
Chorei no carro, tentando achar uma justificativa que levasse uma pessoa fazer mal a um animal indefeso que nada fez de mal pra merecer tudo aquilo. Não conseguia entender como o dinheiro valia mais do que uma vida, em como alguém conseguia pensar apenas no lucro e não no bem estar do animal.
Lembrei que eu perguntei diversas vezes pra moça que me vendeu ele do porque ela estar vendendo ele mais barato, e a resposta que sempre tive foi de que o único problema era de ele já ter pouco mais de trinta dias, que já não era tão fácil vendê-lo, mas que se isso não acontecesse, que ela iria ficar com ele sem problemas.
Fiquei com ódio, e confesso que pensei em devolvê-lo, apenas por um minuto, e foi pelo sentimento de raiva que estava daquela pessoa.
Quando cheguei em casa o Vaguinho estava acabando de acordar, ele logo foi pegando nosso filhote no colo pra brincar, já estava apaixonado por ele também. Aquela cena me deu um nó na garganta, impossível de explicar em palavras.
Minha cabeça estava em parafusos, com mil questões: como começar a contar algo tão ruim? O que será que ele vai dizer? Qual será a melhor decisão a se tomar? Será que tive alguma culpa nisso tudo?
Com calma, mas com uma tremenda tristeza no olhar comecei a contar pra ele tudo que o veterinário havia dito. Percebi que sua feição foi mudando conforme eu ia falando, a cabeça dele foi ficando baixa e seus olhos começaram a mudar. Ele fazia carinho no nosso filhote e me escutava com atenção.
Terminada minha explicação, a única coisa que ele conseguiu me falar foi:
- E agora Kel, o que é que a gente vai fazer?
A única coisa que eu consegui responder:
- Não sei.
Não era surpresa, mas foi só o que consegui pensar naquele momento, que se estendeu por um silêncio.
Olá Raquel, acabei de falar com vc por tel, sou a dona so Paçoca... O que aconteceu depois?! Como o Yoda está hoje?!
ResponderExcluirOieeee, tudo bem?
ResponderExcluirEntão menina... muita calma nessa hora!!! rsrs... esses dias andei meio ocupada e acabou não dando tempo de escrever, mas vou atualizar logo aqui e continuar a história dele... ainda tem muiiiita coisa pra contar!!
Vc não tem idéia do tanto de coisa que ja aconteceu com esse "mulequinho"... rs
Bjos e obrigada por nos visitar no Blog.